A tipografia é um jogo de detalhes. Um O mal feito e nada funciona. Um desses detalhes é o kerning. O que é kerning? Que bicho é esse? Dá uma olhada aí.
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O arco do P e do R, apesar de similares, possuem curvas, espessuras e tamanhos diferentes.
Na tipografia, o formato de cada letra impõe ajustes para que o conjunto fique harmonioso.
Esses ajustes vão desde variações de espessura até ângulos e espaços diferentes em letras similares.
Isso é feito para que haja uma compensação visual e a “cor” do texto seja uniforme.
Cor é o equilíbrio entre forma e contra forma das letras, mas falaremos disso em outro momento.
Um desses ajustes necessários é o kerning.
Entendendo o Kerning
As letras em uma fonte são criadas com um espaço antes e depois. Cada caractere possui esse espaço em ambas as extremidades. Mas em certos momentos, para certas combinações de caracteres, pode ser necessário um ajuste.
O kerning é esse ajuste que se faz em um par de letras distinto com o intuito de criar uma melhor combinação entre estes elementos.
Um caso onde, quase sempre, precisamos de kerning, é a combinação entre o A e o V maiúsculos.
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O kerning é sempre definido entre pares e não é necessário para todas as combinações.
Na produção de uma fonte ou família tipográfica, você deve deixar o kerning por último. Ela é uma das mais difíceis e demorada e, por isso, alguns designers delegam essa etapa a outro profissional.
O kerning pode ser ajustado mesmo após uma fonte ter sido criada. Ao se produzir um layout com texto, podemos ajustar essas combinações “on the fly”. Todos os programas profissionais de composição de layout e ilustração possuem alguma ferramenta para ajuste do kerning. Nesse artigo da Adobe, pode-se aprender um pouco sobre o kerning no InDesign, por exemplo.